sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Somos Cirineus


É claro que você lembra daquele cara chamado Simão, que era cirineu... Ajudou meu Noivo a carregar a cruz em seu momento mais frágil.
Enquanto o Mestre estava ferido, coroado de espinhos, já não tinha pele das costas e as chicotadas continuavam, o sangre escorria manchando as ruas com a tinta que assinava meu decreto de salvação... Jesus já não tinha forças, sua dor era tão grande e seu silêncio aterrorizante. Foi bem nessa hora que Papai mandou o ombro amigo que encostou no homem em condições desumanas e atravessou com ele a noite escura da alma, o desastroso momento de sofrimento intenso... Nem todas as palavras do nosso vasto vocabulário Português seriam o bastante pra expressar a beleza desse momento. 
Como cristãos, somos cirineus o tempo todo, com a missão de ajudar nosso irmão a carregar sua cruz pesada quando seus fracos ombros já não suportam as chicotadas. É claro que em vários momentos não nos encontramos e meio a cirineus e sim entre algozes que se aproveitam da fraqueza para abusar de sua força. Covardes!
Como psicólogos nosso cirineu interno se intensifica demasiadamente. Mais do que apenas uma missão espiritual, que já é algo grandioso o bastante pra ser levado a risca. Escolhemos ser cirineus como profissão. Isso me faz abrir um sorriso imenso. Pensar que vou ter a honra de carregar a vergonha da cruz. Paradoxo forte, hein? Mais do que a cruz espiritual que já é designada a nós, a cruz mental, chegar aos mais áridos terrenos do inconsciente humano e ver ali nascerem as mais belas flores.
Ouvir as reclamações, as dores, os desabafos, reconstruir corações quebrados, egos fragilizados...
Eu me acho tão estranha quanto misturo psicanálise com Bíblia, Jesus com Freud. Tudo isso junto, com o acréscimo de alguns bons litros de amor e compaixão, produz um resultado fantástico. 
Tenho lido em provérbios o valor de uma amizade sincera. Jesus chamou seus discípulos de amigos.
Seu amigo amado deitou no peito dEle. Ele fez com que um pescador que na nossa cultura Rio Grandense poderia ser comparado com um "gauchão bem bagual" falasse diversas vezes que o amava! Jesus é O CARA mesmo!
Mesmo fazendo de nós cirineus, Ele nos oferece Seu Amor que cura, fortalece, completa, compreende, restaura, alegra... Ele nos mostra esse tipo de amor, através dos amigos. Ele quer nos ensinar a amar nossos amigos como Ele nos amou. Essa entrega, esse abraço sem malícia, esse olhar carinhoso que passa do corpo e penetra na alma, esse colo que dá forças pra juntar os pedaços... Já que Shakespeare disse que "não importa em quantos pedaços seu coração foi partido o mundo não pára para que você o concerte" o Deus de Josué diz que se for preciso pára o sol por nossa causa.
Existe como permanecer congelado diante desse amor? Eu não consigo. Isso é o combustível que move o meu mundo.

Jesus veio pra quebrar padrões, pra andar na contramão do sistema, pra bagunçar a cabeça dos inteligentes e pra brincar com os que se jogam nos braços dEle. Ele supre nossas carências, e nos faz transbordar da felicidade que vem dEle.
*Trecho de Email: Anny Gomes, 21de novembro de 2012, Pelotas RS

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um peixe? Sim, um peixe!


Jesus não precisava pagar nada a ninguém, sendo de linhagem Davídica, Ele descendia de reis, portanto pela Lei, ficava isento de qualquer imposto que houvesse.

Porém, em sua sabedoria divina, nem ousou fazer esse tipo de comentário. E considero isso o mais lindo na personalidade de Jesus, Ele jamais usava palavras vãs, ou que não houvesse algum tipo de valor para endereça-la ao homem. Alguém que preferia atitudes ao invés de verbalizações, usava tudo que acontecia em seu espaço-tempo para ensinar, e gerar sabedoria aos corações.

Pois bem, e o sortudo da vez foi o “peixinho”.
Sim, o peixinho.
Não foi Pedro, na qual presenciou o milagre, mas foi o “peixinho”.
Entalado, machucado, desesperado em seu “gigantesco” problema, sem saber o que fazer para mudar o preço que pagou por sua gulodice.

Mas...
até isso está sob jurisdição do céu.

Aquele peixinho foi gerado pelas mãos do Pai, suas escamas foram projetadas pelo Senhor do Universo, então como é que o Criador esqueceria dele?

Talvez um peixinho pintadinho, com uma guelra quebradinha, machucadinha, magrinho. Com alguma mania “peixiniana”, sei lá.

Talvez fosse sozinho naquela imensidão do mar da Galiléia, sem família.

Mas o propósito de tudo isso, é lembrar a todos que Jesus conhece a todos, simplesmente isso.

Cristo se preocupou em desentalar um peixinho no fundo do mar, tirou o mesmo da agonia da morte, aquilo que seria o fim de sua vidinha aquática.

E jamais ausente, lá estava a essência divina dando o fim ao sofrimento daquele serzinho.
Pedro aparece e subconscientemente o desentala, por ordem de Jesus.

Ele teve tempo para se preocupar com o peixinho, assim como tem tempo para cuidar de todo resto de sua criação, e você ainda acha que O Rei não está cuidando, ou olhando para a estrada sobre seus pés?

A cruz era dele, somente dele

 
"Profundo o seu momento insigth, essa compreensão que se desperta sem compreensão natural.
Me vi junto a cena diante do teu relato, tantas coisas foram geradas no meu pensamento, e perguntas seguidas das respostas surgiram.
Jesus tinha poder suficiente para restaurar suas próprias forças, reerguer a cruz e voltar a caminhar de maneira firme até o local da crucificação.
Por que não o fez? Poderia também ter chamado naquele momento milhares de anjos, e a ajuda de um só deles seria mais do que suficiente para reerguê-lo e ajudá-lo a levar a cruz. Jesus poderia ter feito qualquer uma dessas coisas, mas não as fez.
Por quê?
Poderia ter espantado cada um dos que ali estavam a contemplar, podia ter se despido do “Homem” e mostrado o poder que possuía.
Ele não chamou os anjos para socorrê-lo porque a cruz não era para os anjos.
Ele também não realizou nenhum milagre para carregar a cruz porque aquela era a cruz dos homens e dEle, Jesus Cristo, Homem.
Portanto, era necessário que Ele a levasse na sua condição de homem, e que os homens a levassem com ele.
Por isso Jesus consentiu que Simão Cirineu o ajudasse a levá-la.
Simão Cirineu não sabia que aquela era a cruz do Salvador dos homens.
Se ele soubesse que ela era o instrumento da nossa redenção; se naquele momento Deus abrisse os olhos de Simão para que ele visse todos os frutos de salvação que a morte de Cristo na cruz iria produzir, certamente aquele cireneu não só ergueria e carregaria aquela cruz, mas até a abraçaria, sentindo-se honrado pelo simples fato de poder tocá-la.

A cruz que ele estava conduzindo não era a de um simples criminoso, mas a cruz do Filho de Deus, a cruz do seu Criador, do seu Redentor.

O cirineu carregou aquilo que geraria vida para ele mesmo.

Levando a nossa cruz, não devemos esquecer que Jesus a levará conosco, assim como o cirineu o ajudou a levar a sua.
Portanto, devemos manter a firme resolução de levar a nossa cruz até o alto do nosso monte Calvário, ou seja, até o fim da nossa vida, quando então se iniciará a vida eterna para a qual Deus nos convida.

É como você disse: Nosso Cirineu interno se intensifica.

Realmente a responsibilidade pousa sobre nós. Devemos carregar a cruz do nosso irmão, mesmo sem saber quem ele é.

E quanto ao breve momento na qual citasse, em um suposto precisar de ajuda, de conforto. A resposta já foi dada por você mesmo: Jesus Cristo, com o rosto ensanguentado, costas feridas, suor e sangue, disposto a mais uma vez nos ajudar.

Face ferida mostrando que o pior Ele já levou na cruz.

Nem mesmo a minha história pode confrontar com tal dor de levar o pecado do mundo, e junto com ele as lágrimas que já derramei pelas minhas percas pessoais.

Não devemos nos preocupar jamais com as dificuldades que possam surgir. Eu tenho você, você me tem, e sempre teremos Cristo. Amigos e Cristo, isso nos basta."
*Trecho de Email: para Anny. 16 de Outubro de 2012

Subjetividades, nos proíbem de julgamentos

Quanto mais é dado, mais é cobrado.
Essa era a desculpa dos meus líderes para me tratarem como uma máquina de produzir tudo que era preciso.
Na época, era também o meu lema. Depois o causador de grandes revoltas. Agora voltei a pensar sobre isso, e comecei a entender outras tantas coisas. Quando se aprende as regras como em regime militar, é quase que involuntário e instintivo o desejo de ver os outros agindo corretamente. Mas se existe o certo, talvez seja relativo em alguns casos.
Todos nós temos o nosso pecadinho de estimação. E se Deus que é Santo e Perfeito, continua a nos amar incondicionalmente, mesmo vendo todas as coisas ruins que habitam nosso coração, o que nos dá o direito não gostar das atitudes "erradas" alheias?
Já ouvi pretextos sobre o fato de que Jesus quebrou tudo quando viu as pessoas vendendo coisas na frente do templo, e essa era a melhor desculpa para justificar a indignação frente ao pecado dos outros. Jesus quebrou tudo no templo e brigou com quem estava fazendo comercio na Casa de Deus, mas teve a delicadeza de soltar os animais mais frágeis para ter o cuidado de só atingir os que mereciam ser atingidos pela bronca do Mestre.
Se não temos a capacidade de amar como Ele amou, porque teríamos o direito de cobrar como Ele cobrou?
Nos dizemos imitadores dEle, mas só quando convém... E na ânsia por buscar uma santidade padrão, encontro um dos meus pecadinhos de estimação, julgar os fariseus hipócritas.
Eu não faria por eles o que Jesus fez, não posso julgá-los como Jesus julgou. Ele é o Cordeiro e o Leão, o Advogado e o Juiz, nós não somos, somos apenas irmãos, sem a autoridade que a paternidade possui.
Desisto de esperar que os outros sejam como eu, isso só vai me frustar. Meus propósitos são diferentes, minhas atitudes são diferentes... É apenas lógica!
A psicologia diz que pra uma mente saudável, não devemos nos preocupar com o que não podemos resolver. Quando aprendemos essa lição, a vida fica mais zen.
Anny Gomes, Pelotas Rs, 26 de outubro de 2012

Saudação



Preciso encontrar palavras boas o bastante para expressar a felicidade gerada dentro de mim ao ser presentada pelo "Self do meu Self" com esse espaço para descarregar emoções, ideias, sentimentos... Palavras! Ahh... Palavras, as vezes tudo que temos, mas menos do que queremos dar. 
E que este seja um diário quase secreto, para que mentes sábias mergulhem no mundo novo que estamos a desbravar. 

Graça e Paz.

Eles precisam


Eles só querem saber como é possível viver, só querem aprender pra poder decidir. Eles só querem entender. Eles só querem sentir a fé que pode existir, que podem descansar, que podem esperar e não desfalecer! Alguém precisa falar! Eles precisam saber que não se vende fé, saber que Deus não é o que se vê na TV. 
 E eles precisam ouvir só o que Deus quer dizer.
Será que ninguém vê que é preciso amar?  E eles precisam saber o que é a graça de Deus, que aquilo que Deus faz, aquilo que Deus tem não se pode comprar. Eles precisam saber que Deus pode se mover por aquilo que são, por compaixão e não pelo o que podem dar. 
Alguém precisa dizer, alguém precisa pregar que Ele veio pagar, que Ele veio morrer pra que possam viver. Eles precisam de amor, eles precisam ver que a inocência traz o risco de pagar pelo o que não vão ter.
Eles precisam de Deus, eles precisam de paz. Eles não querem pais, não querem faraós nem um capataz. Eles precisam saber que agora podem pensar!
Que aquilo que Deus vê, o pregador não vê, o predador não dá. Eles precisam de Deus, eles precisam de mais. Eles não podem ver, eles precisam luz, precisam enxergar...
Eles precisam andar, precisam se libertar, eles só querem Deus, eles só querem paz, eles só querem amar. Eles precisam saber que eles não são de ninguém, que ninguém pode dar e nem manipular aquilo que Deus tem. Precisam ver o céu, precisam ver a cruz, precisam se entregar, precisam confessar o Nome de Jesus"
É, eles precisam. E nós que temos o temos o privilégio de ter, conhecer, experimentar, viver... O que fazemos com essa graça infinita sendo liberada sobre nós. Começamos vivendo nos padrões da religiosidade, depois de quebrarmos essas grades obscuras e descobrir que Jesus é infinitamente mais que regras humanas, nos revoltamos com as regras e queremos fazer as coisas do nosso jeito e como criancinhas bobas teimamos com o pai, por que temos a convicção que ser amor cobrirá todos os nossos pecados. Até aí tudo bem, é bastante normal. Agora eis o que começou a me incomodar, "Prepara-te Israel, para encontrar-te com teu Deus"
Estaremos nós preparados ou preparando-nos para o encontro? Ele não espera perfeição, pois conhece nossa condição humana... Ele exige que estejamos tentando, da melhor forma possível. Alguns estão literalmente dando o sangue, vivendo a cruz, sentindo na pele... Pensei na igreja perseguida. Entregues a morte todos os dias por amor a Ele.
Enquanto os queridinhos aqui tem toda a liberdade, todos os direitos e regalias e ainda reclamamos... É muito cristão que já teve mais experiencias com o diabo do que com Deus.
É muita gente fazendo o altar de palco de fiascos! Sim, é verdade... Mas e daí? Será cobrado individualmente no dia do juízo. Eles tem lá suas manchas, porém cada um tem as suas pra tratar. Haja Vanish pra tanto pecado. Escolho lavar com sangue. 
Eis que estou a porta a bato... 
Abre? Abriremos? 
Se isso foi escrito em Apocalipse, nas cartas ás igrejas, é por que nem a igreja quer abrir a porta. Aceitar as mudanças, levar a cruz. A cruz pra nós é a renuncia, não somos levados a morte física por Jesus, mas somos convidados a deixar morrer nosso EU pra encontrarmos um tesouro que realmente tem valor. Segue a regra básica de não trocar o eterno pelo passageiro. E enquanto ouvimos, temos a oportunidade de escolher obedecer. Sejamos sábios.
Anny Gomes, Pelotas Rs, 26/11/12

Momentos sem essência



Chegando em casa, com a chave na mão já, passou uma menininha de uns 2 anos correndo na minha frente, passei a mão na cabecinha dela, ia atravessar a rua, os pais dela e o resto da família, na qual estavam envolvidos em política e tal, resumindo: estavam bebendo e festando desde o início da tarde.
Já eram 20:00 mais ou menos, e a menina estava atravessando a rua correndo, e uma moto a atropelou 3 segundos depois de passar por mim. Arremessou a menina uns 15 metros, ela cruzou por mim, caiu arrastando no asfalto, assim que parou de rolar, o bracinho estava para trás do corpo, a cabecinha bateu, tentou levantar e não conseguiu. Que choque me, os pais já saíram em disparada, uma gritaria, liguei para a ambulância, peguei a cabecinha dela, e virei para o lado para evitar afogamento, mas o pai veio a pegou, colocando-a assim no carro. Fazer isso é perigoso, se a cervical tivesse sido ferida, qualquer movimento a faria ela paraplégica, porém o pai meio bêbado pegou a menina e a levou para o hospital.



Daí me pergunto:Por que o ser humano busca em coisas vãs, busca momentos sem essência, momentos que não geram acréscimo a sabedoria, não geram vida. Buscam refúgio em festas, em situações tristes de aprisionamento inconsciente de suas almas, e ainda usam a desculpa de que se estressam durante a semana, e no final tem que aproveitar, mas não vejo aproveitar nada, as vezes ficam mais mal do que o stress da semana. Buscam uma alegria a curto prazo e preço alto. Sei e concordo que no momento é ótimo, mas se parassem para medir as consequências, nada é comparada a vida, nada, nada pode pagar pela nossa vida. Só houve um que fez esse favor a todos nós e que nunca mais se repetirá. Fiquei bem mal também pelo fato de ter um certo trauma de ver pessoas caídas seja qual for o motivo causador. Resumindo, suas palavras me acalmarem e me fizeram bem, passei o final de semana em Blumenau com uns amigos, porém nada de especial entende, do tipo, sozinho no meio de muitas pessoas. Na maioria das vezes estou assim, e agradeço por isso, posso pensar e ser o Júlio de verdade.

Trecho email: Julio para Anny. 11/10/12

Pensão assistida

Hoje pela manhã, fui na Pensão Assistida, fazer uma atividade prática. Lá é um lugar que abriga moradores de rua com algum problema mental. Você não tem ideia do que eu encontrei lá:
Pessoas psicóticas. Fora da realidade, uma falava que estava assistindo a novela das 22h, me chamou pra conversar com ela e começou a chorar dizendo que queria voltar para a sua casa. Eu não entendia nada que ela falava, nada fazia sentido, ela me pediu um caderno e começou a escrever meu nome, colocou um A, um L, um I, e começou a fazer um monte de risquinhos. Eu segurei a mão dela e fiquei fazendo carinho nela, dizendo que ela estava lá pra cuidar de sua saúde e quando melhorasse voltaria pra casa. Outra começou a chorar falando do pai de sua filha, mas essa era divertida, cantava uma música do Jhon Lennon, falava dos Beatles, disse que gravou um cd e fazia shows. Tinha um rapaz, o João que conseguia se comunicar um pouco melhor, mas tem retardo mental. Outro menino com aparência de 8 anos, parecia ser autista, mas não respondia todos os critérios do DSM IV para autismo, brincava com um ursinho de pelúcia, descobri que ele tem 20 anos. O João abraçava ele, o tratava com um carinho enorme. Tinha um senhor desdentado que sorria sem parar, e nos abraçava o tempo todo, fazia o sinal que em LIBRAS significa amigo. Tinha uma menina que está tentando parar de usar crack, passou pelo Hospital Espírita (hospício da cidade) e foi levada pra lá depois disso, era prostituta para conseguir dinheiro para o crack.

Sabe o que mais me impressionou em todo esse cenário? A minha reação em relação a eles. Eu não senti medo, nojo, dor, nem nada do tipo. Senti uma vontade imensa de cuidar deles, de fazer eles se sentirem bem, sentirem um pouco de paz dentro do seu mundinho confuso e assustador. O cheiro deles ficou nas minhas roupas e não é nenhum pouco agradável... nada que água, sabão em pó e amaciante não resolvam. Porém o sorriso deles e a sensação de ter estado lá ficou na minha memória e isso não será esquecido. De bônus fui com um grupo de colegas que eu admiro mas não tenho contato e isso foi muito legal também, resumindo estou satisfeita e feliz.

Tenho sentido na pele o amor do qual Jesus falou.
Anny Gomes 09/11/2012

Quando os "nuncas" nunca acontecem

Não sou alguém que desisto no primeiro tropeço, ou que diz um nunca sempre que decepciono com algo, justamente diante de nossa trajetória terrena aprendemos que esse “nunca”, pouca força tem para se realizar em todos os momentos que falamos. Já falei tanto “nunca mais”, e até hoje nenhum deles funcionou, ou teve efeito.
Incrivelmente o andar de nossos passos na vida faz com que esse “nunca” perca o efeito avassalador que aparenta ter. Nunca a palavra “nunca” teve efeito nas situações em que eu disse “nunca”. Parece brincadeira de trocas de palavras, mas não é, considerei o jeito mais cabível de me expressar, minha maneira de desinteriorizar e reverter em palavras meus sentimentos, dúvidas, sugestões e pensamentos.

Nem que eu dê minha vida para que o “nunca” aconteça, é difícil ele acontecer, é difícil sabermos nosso destino, o que faremos amanha, ou o que seremos no futuro, não existe maneira de transladarmos nosso olhar ao pós agora. Me detive no “nunca”, mas ampliando a profundidade dissertativa além desse aspecto, percebemos que na verdade, boa parte do que falamos, planejamos, ou sonhamos acontece exatamente como não queremos, não estou sendo tomado de uma descarga de negatividade ou uma sombra depressiva, nada disso, pelo contrário, pensando nisso, minha consciência humana logo vai de encontro ao sobrenatural divino, e daí sim percebo do por que dos nossos planos muitas vezes considerados infalíveis por nós, se frustram, ou acabamos voltando atrás em todos aqueles “nuncas” que desferimos para pessoas, ou seja como for.

Depois de muito pensar, não posso dizer experiência, por que ainda meus passos foram somente alguns poucos nessas primaveras da vida, de certa maneira comecei a caminhar bem antes da idade normal, a vida escolheu andar ao meu lado desde cedo, desde cedo me assustando, falando ao meu ouvido segredos que talvez fossem cedo pra um jovem como eu, mas até nisso vejo o divino, vejo a mão de Deus, presencio os projetos do coração de Deus se materializando como uma estrada sobre meus pés, e mais um motivo para não se desesperar diante de tantos sonhos que as vezes não acontecem.

Sabem por que? Porque o Mestre em realizar sonhos, planejar vidas, historias, estender estradas que se chamam vida é Deus. Como posso eu me colocar no lugar de Deus?? Por mais que eu diga nunca, esse nunca só vai existir se Deus achar que assim deve ser, por mais que eu sonhe eu ser alguém bem sucedido, isso só vai acontecer se o divino quiser isso pra mim, se meus desejos são compatíveis a vontade dos Céus.

Cheguei a conclusão de que não é nosso dever pensar no como quero que seja, e sim, seja feita tua vontade Senhor. O mínimo já nos foi dado para fazer, viver dia após dia de maneira mais digna possível, viver  tendo um caráter irrepreensível, um dia de vida admirável, e sempre deixando que Deus coordene tudo, chegaremos a um ponto que teremos um livro em nossas mãos, um livro que terá o seu nome, o meu nome, e na página final haverá aquela conclusão eternizada em todas literaturas...
- E viveu feliz para sempre...
Se a história desse livro for escrita pela mão de Deus, com certeza sim.
Pois até o fim quem deve escrever é ELE.


Júlio Gonçalves 24 de fevereiro