segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu sou o que precisar ser

Eu sou o que precisar ser...
Me adapto fácil as pessoas, mesmo que as vezes nem mereçam...
Eu sou aquilo que quero ser...
Mando a puta que pariu, mas digo que amo, quando amo mesmo...
Não sou de ficar enrrolando, ou vai ou vai... Rachar não rola!!
Nada de talvez e sim com certeza...
A vida é simples e direta, nós que gostamos de emaranharmos nas complexidades humanas...
Tudo é simples, tudo é simples, tudo é simples porra!!!! J.Gonçalves...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Aprendendo

"Estou aprendendo a amar o tempo. Tempo que antes cansava hoje me ensina. 
Estou aprendendo a amar os maus momentos. Eles me treinam. 
Alcançar ressurreição sem padecer não é seguir os passos de Cristo. Ressurreição sem morte é um atalho pra eternidade que dá em uma rua sem saída. 
Bônus sem ônus é pular etapas fundamentais para a estrutura que seu prêmio vai exigir de você.
Estou aprendendo a amar meus inimigos. 
Cada um deles me aperfeiçoa em algo que em algum momento eu pedi pra Deus. O que seria de mim sem eles?
Estou aprendendo a entregar meus inícios sem deduzir o fim.
O amanhã é de Deus. Cabe a mim ser totalmente d Ele eternamente hoje. E amanhã me comprometer novamente.
Mergulhada em oração descubro que me descabelo por tão pouco e o infinito é logo ali. É preciso Tempo para respirar...
Estou aprendendo a amar o tempo. Seus hiatos me protegem, seus silêncios me conduzem, e ele sempre e sempre me ensina muito."
- Bianca Toledo

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Caminhando, chorando e pensando


São 23:00 horas, fecho o note book depois de rever algumas fotos. Em particular uma com minha mãe.
Está frio. Minha cabeça está em convulsão existencial. 
Coloco um tênis, ponho uma jaqueta, pego as chaves de casa, fone de ouvido e desço do apartamento. 
A brisa fria intima-me. Acendo um cigarro, e a memória olfativa traz de volta a sensação das bebidas da noite passada. 
Penso: “Chega dessa merda”. Ponho os fones, seleciono uma música aleatoriamente e toca essa:

“Quem está ao meu lado. Eu não sei por onde seguir. Está escuro e faz frio. Minhas forças eu perdi. Os que eu amava partiram. Meu caminho perdeu o sentido. Ao chorar no escuro percebi, havia alguém ali...”

Aconchego minhas mãos nos bolsos da jaqueta e caminho... Ando... Penso...
Pensei ser mais forte. Pensei ser mais equilibrado. Mas ainda assim, depois de quatro anos, o sentimento é o mesmo. Dor, medo, angústia e as vezes até desequilibrio em relação a esses assuntos familiares. 

Os anos irão passar e não poderei nunca mais falar: -Mãe.
Meu celular jamais registrará essa palavra -“Mãe”-, quando tocar. 
Meus filhos não terão a presença de quem me deu a vida. 
Minha esposa não terá uma sogra, como normalmente era para ser. 
O tempo mostrará seu poder e dará rugas a minha face hoje jovem, porém não terá influencia, muito menos terá forças para diminuir ou apagar o sentimento de perca. 

Uma foto do passado fez as lembranças virem a tona como uma boia quando lançada sobre as águas. Surpreendente como nossa memória registra as sensações do passado, principalmente quando são marcantes. A saudade escorreu pelos olhos. 
Caminhando, lembrando, chorando e me perguntando: Qual a fórmula para apagar isso? 
Nesse momento, me senti sozinho. Olhei para as casas e apartamentos. Cada um deles com famílias e histórias. Cada um deles com olhares diferentes em relação ao mundo, a vida. Aqui estou, ainda caminhando, chorando e pensando. Nesse instante de forma literal, mas diante de tudo isso, desloco essas três ações para a estrada da vida que se estende sobre meus pés. 
Conclusão: Caminhando, chorando e pensando.  A vida é essa. Não só para mim, para muitos também. Mas algo me alegra diante de toda essa orquestra em tom menor e melancólica. 
"Há alguém ao meu lado". 
Há um que está ao me lado desde meu primeiro choro nessa existência. Há um que esteve ao meu lado desde aquela vez que com seis anos de idade, chorei com medo de assombrações. Há um que esteve ao meu lado quando fui assaltado e consegui fugir. Há um que está ao meu lado a 23 primaveras e 10 meses de existência. 
Lembrei que sou humano, não consigo ser perfeito. Preciso sentir. Preciso precisar de ajuda. Isso me torna humano. Tudo faz parte de um processo na existência. 
Amo a ciência lógica, mas sou amante da fé e esperança. Positividade e fé em Deus.
Jamais estaremos só (VÍDEO) NEle todos sentimentos negativos biológicos se transformam em força e esperança. A dor e sensações jamais passarão. Mas a estrutura psicológica e física será capacitada para suportar a caminhada cheia de choros e pensamentos. Essa frase antiga serve exatamente para essa reflexão: “Jamais peça a Deus para deixar de lado a cruz que carregas, mas sim peça ombros fortes para carregá-la até o final...”
Júlio Gonçalves, 14 de abril de 2013.

Ser diferente, é diferente

Pois bem, diante do abismo da insônia e o dormir, meu refúgio são as palavras e o pensar. São tantas situações e momentos que cruzam o desatino da consciência, as preocupações antecipadas do porvir, do amanhã. Hoje em dia, a redoma que nos cerca são de stress, e depressões persistentes. Não são sensações fáceis de afastar, principalmente estando no lugar de alguém que conhece a verdade. Nossa luta constante e diária são as dores pelas vidas, sentimento penoso pelos que nos querem mal, angustia por ver esse caminho na qual carregam os pés de tantos.  Muitos, e não são poucos os que não dominam mais seu andar. O próprio caminho o leva onde bem entender. Parece-me que o rumo, o caminho, a estrada, defina como quiser, ganhou vida pensante. 
São poucos os que escolhem fazer a diferença, e ser a diferença na existência das pessoas. Estamos como ovelhas, desgarradas, pelo fato de seguirmos aquela que se afastou daquilo que deveria seguir. Existem padrões pré estabelecidos pela sociedade atuante no mundo, e ser diferente disso, gera confusão, desconforto a tais pessoas. A complexidade gerada pelo homem no fato de “viver” a vida, as torna escravas do próprio tempo. Nessa exata circunstância temporal, assim me encontro. Absorto em uma fagulha de crise existencial inevitável. Como já falei, não é que eu queira, mas é necessário que aconteça. Estranho não é? Mas por um breve momento sou tomado pelo Insight, como assim é denominado tal momento pela Psicologia cientifica. 

Sou ser humano, totalmente distante de ser divino e perfeito. Minha tranquilidade é saber que houve alguém que soube ser Deus e homem ao mesmo tempo. Tarefa, na qual seríamos incapazes de completar, mesmo que tivéssemos a santidade impregnada em nosso cordão umbilical. Houve somente um capaz, e esse Um jamais será igualado. Jesus eis o nome do cidadão. Cristo quebrou o sistema pelo meio, rasgou o véu de baixo para cima, arrancou da sociedade aquilo que cobria seu rosto, mostrou que são necessárias medidas extremas, drásticas, e até mesmo diferentes da normalidade de muitos. Existe um momento que devemos parar e ver se é o caminho que está nos guiando, ou se somos nós que estamos criando o caminho. Jesus criou o caminho dELe. Diante da vontade dos fariseus, a estrada do Messias seria gloriosa, soberana, poderosa, o que não deixou de ser, porém em suas mentes, o Redentor viria para reinar como um rei temporal, com direito a coroa e tudo. 
E agora diga-me? 
Por que tinha que ser assim? Por que eles julgavam que o correto era assim?
Será que não eram os padrões pré estabelecidos? Os mesmos que a humanidade vive absorta hoje?

Digo com convicção que sim. Exatamente o mesmo, e talvez com doses a mais de veneno. O amor não é mais prioridade, o deixar de pensar em si para pensar no próximo já deixou de ser prioridade nos corações, o perdão perdeu o lugar para a vingança. E nós? E o que é de nós que incansavelmente estamos andando na contramão? Somente tenho um sentimento claro no coração: O amor! Amor a ponto de não deixar de seguir tentando. O modo de viver de Cristo não é algo para ser lido e somente admirado, não é para somente ser glorificado o quão majestoso Ele foi, e sim para ser imitado, copiado, xerocado, seja como for, é para sermos Ele nessa existência terrena. Estamos todos cheios, enfarados e fartos de ouvir falar de um Jesus, de um homem que foi crucificado. Estamos cheios de ouvir, cheios. Precisamos sê-lo, vivermos Ele a medida que criamos nosso caminho.
Chega dessa limitação hipócrita e sem essência, o segredo é ser, criar e tornar-se um amante de cada ser que surge na curva da estrada de nossa vida.

Júlio Gonçalves, 17 de Outubro de 2012

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Fazem quatro anos, e a saudade permanece inspirando

O dia ainda parece o mesmo. Essa manhã ainda tem a mesma atmosfera fúnebre de quatro anos atrás. 
A chama derrete a vela, deixando o ar tomado por esse cheiro enjoado de parafina.  
Minha memória olfativa relembra todos os perfumes de morte daquele dia. Cheiro de madeira. Cheiro de flores. Cheiro de caixão. Cheiro de vela. Olha o conjunto da infelicidade orquestrando sobre mais uma vida. 
Meus olhos registraram os momentos em que aquele corpo jazia sobre aquela maldita caixa de madeira. Aquele corpo que gerou o meu corpo. Aquele amor que gerou o meu amor. 
Ali, inerte. Sozinha em sua escuridão. Seus cabelos longos e lisos sobre os ombros. Sua blusa em tom verde oliva, não movia-se impulsionada pela sua respiração. Nunca mais iria se mover. Não havia mais respiração. Não havia mais vida. Não havia mais fôlego. Não havia nada de nada. Até o nada estava vazio. Aquele retângulo de vidro separava-nos. Forçou-me a dar adeus... 

Parece que foi ontem. O mesmo dia. O mesmo sol. A mesma brisa. A mesma dor... 
Ainda foge-me da razão, compreender o quanto percas desse nível influenciam em nosso caminho. As coisas poderiam ser tão diferentes se eu ainda a tivesse. Seriam tão diferentes se pudesse acariciar o seu rosto, remexer em seus cabelos. Eu não estaria onde estou. Não faria o que faço agora. Não seria nada daquilo que sou nesse instante. E a saudade permanece inspirando. 
Nada mais resiliente do que nós mesmos, tentarmos extrair positividade de situações dolorosas e vazias.
E conseguir como? Existe algo positivo na morte daquela que amamos? 
Bom, tentar não custa! Todo dia merece uma chance de ser diferente. E nós somos os que decidem fazer diferente. Estou a quatro anos procurando fazer isso. A conquista é quase invisível, a dor é quase a mesma. O dia 28 de abril de 2009 é o mesmo. Tão longe, tão perto. Um paradoxo infernal.
Mas vou fazer o que? Não tem o que fazer. 
Até meus olhos fecharem também, até minha vida esvair também, vou seguir tentando. 
Um dia as chamas das velas queimarão. Um dia o cheiro da madeira fluirá. Porém, o que me alegra é saber que não serão meus sentidos que os contemplarão.

Assim vamos seguindo adiante. Vivendo a vontade de que esse dia de quatro anos passe.

J.Gonçalves 08 de Abril de 2013 – Balneário Camboriú SC

terça-feira, 2 de abril de 2013

Você é um revoltado com a vida Júlio

Ouvi essa frase há uns dias atrás, e infelizmente cai na asneira de dar atenção a esse tipo de comentário tão pavoroso. Bom, ai vai a resposta:

Não sou alguém revoltado com a vida. Sou revoltado com as pessoas que desfrutam da vida cheios de desvaneios complexos e ostentadores. Revoltado com aqueles que dizem: 
- Não gosto quando você se expressa de forma tão rude. 
-Não gosto quando você age assim. 
- Não gosto de ouvir seus palavrões. 

E daí se você não gosta? Dependo do seu "gostar" para estar vivo?
Por acaso teu "achar" acerca do meu eu, mudará minha vida em algum aspecto? 

VÃO PARA O RAIO QUE O PARTA SEUS IDIOTINHAS DE PLANTÃO.
VÃO ACHAR A P**** QUE PARIU VOCÊS E CUIDAR DA VIDA DELA, POR QUE A VIDINHA DE VOCÊS TEM MENOS VALOR!

Sou somente alguém que não suporta a idéia de conviver com medíocres. Sou simples. Gosto da liberdade que os campos vastos me proporcionam. Gosto de sentar-me a sombra de árvores, sem nada para fazer, sem nada em que pensar. Ou acompanhado de bons livros, bons conteúdos. Sentado ao chão mesmo, sem nenhum tipo de "frescura". 
Me agrada sentir a imensidão e a energia que as areias da praia transdimensionam aos meus passos. Acho magnífico sentir a vibração das cordas de meu violão, preenchendo o silêncio das conversas idiotas. 
Não me sinto condenado, preso e martirizado por pronunciar alguns belos e potentes palavrões, diante a situação merecedora. Não me sinto idiota quando falo alto, chamativo e espontaneamente em meio aos outros e a quem quer que seja. 

Poderia ser mais um ostentador. Poderia ser mais um que não tem nada, porém diz que tem o "tudo". Sabendo eu, em minha própria consciência, que o engano é propriamente direcionado a mim mesmo. Poderia ser exatamente o protótipo que todos querem que sejamos. Poderia ser mais um que ruma em meio do emaranhado humano, zumbificados pela ignorância de julgarem-se importantes. Poderia ser. 
Poderia ser arrogante, presunçoso, soberbo e um belo ostentador!

Mas isso é chato, isso é bobo, isso é o fato! Gosto do nada, do simples, do comum das normalidades. 
Crio, faço, invento, refaço! Do meu jeito. MEU JEITO! 
Pouca importância tem o achar daquele que acha saber os "achados" daquilo que acho. 
Bobeira, loucura, besteira. Unicidade com a vida é o que me agrada, simplicidade é o que procuro. 
-Existe pessoas assim Júlio? 
Olha, de vez em quando acho alguns perdidos nessa confusão de gente idiota. 
Ostentação é perca. 
Ostentação é uma maneira. Maneira de fugir, correr, esconder, driblar, trapacear a identidade do caráter! Um dia, o tempo exigirá a verdadeira identidade, a genuína identidade. 
E o que você apresentará? Uma hora chegará sua hora. Esconder-se-a atrás de muros? Hahaha!! 
Muros não protegem, muros somente escondem. Um dia eles desmoronam. 
E suas pedras servirão para cobrir o lugar onde todos compartilharão. 
A caixa, a madeira, a terra e o pó susurrarão: "Mais um como todos outros, que aqui para sempre ficarão"

Júlio Gonçalves, 27 de Março de 2013 - Pelotas RS.